No dia em que alcancei a Cidade Perdida dos Incas.

          Eu lembro bem, mas muito bem mesmo, de uma das aulas de história no Ensino fundamental de um professor queridíssimo, o nome dele, professor Hilario ( a gente cantava pra ele ilari ilariê sempre que ele chegava, rs) e ele era hilario mesmo, literalmente… Pois bem…o professor Hilario em uma de suas ilustres aulas, falou com muito brilho nos olhos sobre uma civilizacao incrivel, os Incas, uma das mais incriveis que existiu, e descreveu sua viagem. Ok, até então era tudo muito mágico e diferente, escutar aquele relato me fez viajar, mas nunca na vida, pensar que eu pudesse alcançar um lugar daqueles…pois é…o tempo passou!

           E num daqueles momentos da vida em que você precisa de um resgate interno profundo, precisa urgentemente tirar férias, precisa ser e redescobrir você mesmo…com 24 anos de idade, veio um convite muito valioso, de acompanhar um grupo premiado em um famtour pela operadora que eu trabalhava, para o Peru. Como eu falo espanhol fluente e por acaso estaria de férias, foi bem conveniente para a  empresa  me convidar e eu de cara aceitei, mesmo pagando os custos basicos da viagem terrestre.

         Em agosto de 2010, embarquei para o Peru com 3 colegas agentes de viagem. Chegamos em Lima, curtimos um pouco algum restaurante em Miraflores, voltamos para o hotel e no outro dia ja um voo cedinho para Cuzco.

       Chegando em Cuzco, fomos muito bem recebidos pela Empresa local Viajes Pacifico que tratou logo de oferecer um daqueles chazinhos maravilhosos para que pudessemos aclimatar…Você que já foi deve saber bem qual é…Simmm! O chá de Coca…(foto logo mais abaixo).A folha de Coca… é medicinal, e ajuda bastante! Pois bem, continuamos nossa visita pelos locais históricos de Cuzco e à noite aquele cidade TODA histórica, linda, mistica, antiga, cercada por verde, no alto…virava uma balada crazy total, com bebidas em dobro, reagueton, eletrônico e milhares de turistas do mundo inteiro. Os bares eram descolados, escondidos dentro das construções históricas tombadas ao redor de uma praça com aspecto colonial.

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        No outro dia, fomos ao famoso parque arqueológico de Sacsayhuaman, um dos lugares mais intrigantes de Cuzco. As construções que la existem foram encaixadas e lapidadas 1 a 1 pelos Incas, que deveriam ter na época não mais que 1m55cm de altura. Algumas dessas rochas chegam a pesar até 350 toneladas e foram trazidas para Sacsayhuamán por caminhos de dezenas de quilômetros. O encaixe perfeito das rochas eliminava o uso de argamassa e nem uma faca fina consegue penetrar nas junções entre elas.

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           No outro dia passamos um dia lindo no Valle Sagrado dos Incas, uma cidadezinha bem peruana, com uma feirinha grande de tecidos e mantas tipicas e tantas outras coisas lindas e únicas daquela regiao. Eu nao lembro muito depois das 12 hrs porque o chazinho de Coca que tomei no primeiro dia em Cuzco não fez muito efeito e eu desmaiei num restaurante, com problemas de aclimatação, foi rápido, não foi traumatizante, mas fica uma sensação incômoda de náuseas. Daí vai a minha dica…. nao vá ao Peru por sua conta e risco, primeiro por conta desses perrengues de aclimatação que qualquer um de nós está sujeito, segundo porquê é muito interessante e são muitos fatos históricos essenciais que não poderão ser perdidos. Quem tiver dúvida ou queira indicação de serviços pode ficar a vontade para me contactar, terei prazer em ajudar!

              Pois bem, continuando, dormimos no Valle Sagrado. No outro dia saimos com nosso guia e transporte para a Estação de trem da onde sai o trem que nos levou até a cidadezinha de Aguas Calientes. Chegando lá subimos num ônibus (30 minutos) até chegar na cidade Sagrada dos Incas.

            Estava um dia frio com algumas nuvens, o lugar é divino, amplo, pleno em natureza e energia mística. Nosso guia local, maravilhoso e super zen, nos explicou tudo tim tim por tim tim sobre as pessoas que viveram naquele local, e o melhor, nos mostrou tudo o que ainda funciona na cidade onde todos eram felizes e plenos. Onde todos trabalhavam, viviam de portas abertas, e onde todas as coisas funcionavam em perfeita harmonia e tranquilidade. Dá para perceber ao chegar lá…o quão especial deveria ter sido a vida alí. Os requícios da cidade e os corpos das pessoas que lá viviam foram levados para os EUA pelo professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911.

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          Observando tudo, num momento de tranquilidade do alto da montanha, pude perceber o quão felizes e tranquilos estavamos todos ali naquele lugar. Lembro bem de um Pai com um filho pequeno de aproximadamente 4 anos de idade no alto de uma colina, quietinhos, contemplando uma outra montanha  importante que dá para vê desde Machu Pichu. Vi grupos de amigos sentados por um bom tempo conversando. Vi pessoas meditando, e vi a mim mesmo imersa em paz e vontade nenhuma de sair de lá.

         Porquê Machu Pichu se chama a cidade perdida? Porque na época os Incas eram perseguidos e então, para proteger a cidade sagrada, todos os habitantes de Machu Picchu abandonaram a cidade, destruíndo os caminhos que levavam até ela e cobrindo com mato, galhos e plantas qualquer indício da presença deles que pudesse chamar a atenção dos espanhóis.

         Uma das rotas, por exemplo, foi essa: a ponte Inca, que exige uns 40 minutos de caminhada de Machu Picchu até ali, e que mostra uma das últimas vias de saída da cidade.

         Pelo pouco que percebi conversando com gente local, muitos ensinamentos de medicina natural e vida, permanecem um pouco, ali pertinho das cidades proximas a Cuzco.

           Em Águas Calientes (cidade que fica aos pés de Machu Pichu), passamos 1 noite, e foi incrível ela foi uma das cidades mais remotas que pude estar. Tudo simples, preservado, pequeno, mas com muitas histórias pra contar…Historias de centenas de pessoas que chegaram e chegam ali pelas trilhas acampando por dias pela mata,  cada uma com suas experiencias unicas, fotos únicas, sentimentos únicos. Conversando com as pessoas locais descobri um remedio natural que curou minha amidalite, brinquei com criancas locais, vivi uma noite ao ar livre de uma cidade iluminada ainda por lampadas amarelas, aos pes na Montanha de Machu pichu, ao lado das piscinas termais… Que saudade!

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Ficou muita vontade de voltar, e você que foi há pouco tempo e quiser compartilhar, terei enorme prazer em saber como que andam as coisas por lá!

E você que está pensando em ir, vá imediatamente… adelante!!! E volte outra pessoa, certamente!

Saludos amigos!

Dica de vídeo sobre Machu Pichu!

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